
Mesmo a cultura já aglutinou tal processo, adaptando-o ao meio cultural, haja vista a produção cinematográfica e revolucionária de Avatar, a qual delineia uma nova forma de fazer a sétima arte. Até a Academia Brasileira de Letras incorporou as novas ferramentas cibernéticas, com a adoção de cinco aparelhos de leitura digital de livros, o e-book, da marca cooler. A princípio cinco imortais vão usufruir da novidade e, dependendo da avaliação, outros 35 serão entregues aos demais. Conforme entrevista dada ao Jornal O Globo, na coluna Gente Boa, o presidente da Academia, Marcos Vilaça admite que o e-book seja útil numa viagem, pois você pode carregar uma biblioteca de milhares títulos, no entanto o livro continua sendo insubstituível.
De fato, a intenção da internet não é suprimir os demais veículos, ou torná-los obsoletos, a verdadeira função desta ferramenta é incorporar facilidades ao nosso cotidiano, sendo assim ela é um complemento da nossa realidade. Então, ela não é vilã ou heroína, ela reformula a visão limitada de mundo. E, ainda, democratiza o acesso da informação, reestruturando, assim, a concepção dos acontecimentos, pois você tem acesso a diversas fontes.
Assim como no Avatar, a ideologia dominante, difundida por um canal único (EUA), passa a empregar outras crenças e valores os quais abrangem conceitos mundiais, ou seja, a narrativa do filme pressupõe a vitória sobre o conceito American Way of Life e, com isso, reforça o processo da cibernética que determina o fim da concentração de informação, o fim da transmissão de uma mensagem por um canal hegemônico e, consequentemente, um emissor preponderante.
Por Ana Carolina Chagas
(Aluna de Jornalismo Digital, UCAM - Campus Tijuca)
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