Nos últimos anos os telespectadores estão assistindo uma das maiores batalhas já ocorreram: a guerra das audiências. Como protagonistas desta história temos a imponente Rede Globo contra a emergente Rede Record. Correndo por fora, temos o coadjuvante SBT, sustentado pelo poder de seus desenhos. Porém em meio a todas as disputas e batalhas a grande questão que surge é: com toda esta disputa os telespectadores são beneficiados ou prejudicados?
A guerra da audiência começou com o avanço da TV Record que em menos de cinco anos triplicou os números de seus telespectadores. Com isso, a televisão brasileira começou a mudar. Novos programas foram lançados, mudanças radicais na grade das programações no formato dos programas e principalmente em seu foco.
A Record focou seu público nas classes mais baixas, pouco ouvidas pelos veículos midiáticos. Com isso, outras emissoras também perceberam que precisavam dar mais ouvidos aos mais excluídos na sociedade. Iniciou-se, assim, o foco nas “comunidades”, ou seja, uma preocupação maior com os problemas regionais decorrentes do dia-a-dia: falta de água, falta de luz, ruas esburacadas, dramas familiares, entre outros. Os apresentadores mudaram a forma de conduzir seus jornais, buscaram inspirações nos modelos aplicados no rádio, tornando ou tentando transformar ou até mesmo fingindo transformar o telespectador em integrante e participante da programação. Uma linguagem mais coloquial entrou em cena, apresentadores em pé, andando, reclamando e até comentando as notícias, tudo isso para conseguir a fidelização do telespectador.
Existem correntes de pessoas que afirmam na luta por audiência o telespectador é prejudicado, porque a preocupação do canal recai em prender a atenção o maior tempo possível sem trocar de canal, considerando não o conteúdo que será passado, mas sim o número de pessoas que vão assistir.
Em contrapartida, há quem defenda que a luta pela audiência é benéfica para o telespectador, pois ao procurarem ser o canal escolhido, este têm de, obrigatoriamente, informar e servir o espectador da melhor forma possível. Caso contrário, jamais obterá o resultado desejado: o topo da audiência.
Em meio aos conflitos, o telespectador deve escolher o que mais lhe agrada e também no que a programação pode ser útil para sua vida e sua cultura. Ou seja, quem assiste deve saber escolher a melhor programação.
Por Felipe de Oliveira
(Aluno de Jornalismo Digital, UCAM - Campus Tijuca)
Crédito da Imagem: Portal ADTV.
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