Hackers causaram prejuízo de
US$ 7,2 milhões em 2010
Empresas de segurança tecnológica estão apreensivas com a possibilidade de uma guerra cibernética contaminar a internet de vários países ao mesmo tempo, ataques isolados já afetaram a rede de 14 países. Criminosos virtuais criam e lançam na rede 55 mil novos vírus por dia, os chamados malware.
A violação de dados corporativos causou, só no ano passado, um prejuízo de US$ 7,2 milhões segundo relatório da empresa Symantec. Para a diretora do Setor Público e estrategista contra crimes cibernéticos, Pamela Warren, é preciso cautela na análise de cada caso, pois desestabilizar um país com ataques virtuais é complexo, mas admite a vulnerabilidade de alguns sistemas. Pamela cita como exemplo um ataque ao sistema de tratamento de esgoto do condato de Maroochy, na Austrália, causando vazamento de milhares de litros de esgoto, in natura, em parques e rios por dois meses. Ainda alertou: "O setor de energia elétrica precisa fechar lacunas em suas redes. A eletricidade é crítica para todos os setores críticos".
Em seminário promovido no Rio de Janeiro pela Cyber Security Strategies, o presidente da companhia, Robert Lentz defendeu a necessidade de uma liderança mundial para estabelecer uma política de cibersegurança ágil e que abranga não só as nações, mas também as mais estratégicas empresas da iniciativa privada.
- Chegamos a sondar Bill Clinton para assumir esse posto simbólico de baluarte da cibersegurança mundial, mas ele não se interessou. Ou seja, ainda estamos à procura de um nome de peso que possa levar adiante essa missão. Sem uma coordenação mundial de esforços, não temos como bloquear essas ações a tempo - finalizou.
Redes sociais serão estratégicas
Novas tecnologias que usam sistema operacional iOS e Android, da Apple e Google respectivamente, dificultam a segurança por limitarem as ações de programas antivírus. Isso quer dizer que hackers podem ter acesso total aos conteúdos de tablets, smartphones e afins, ou ainda usá-los como armas para acessar informações sensíveis ou confidenciais através das redes sociais. O jornal britânico "The Guardian" divulgou planos do exército americano de usar falsos perfis na internet para veicular mensagens pró-USA e disseminar a rejeição às ideologias da Al-Qaeda e dos terroristas.
As redes demonstraram sua força na recente crise no Egito e Tunísia mobilizando adesão aos insurgentes e colaborando com o jornalismo mundial. Por outro lado, o mal estar causado por vazamentos diplomáticos como o ocorrido no Wikileaks devem fazer com que haja redução do acesso a informações confidenciais por parte do governo de todos os países.
0 comentários:
Postar um comentário