terça-feira, 22 de março de 2011

Cinema e Tecnologia

Desde o seu surgimento, o cinema acompanha as grandes invenções humanas. Esta arte nasceu a partir do domínio da fotografia e, hoje, renova-se com os efeitos da computação gráfica. A tecnologia evolui e o cinema acompanha de perto. A característica de mímese está não só no conteúdo dos filmes, mas também na evolução dos fatores que são capazes de promover a catarse no homem.

Em 1876, fotografar a passagem de um cavalo por um hipódromo foi a inovação. Os cineastas da época se aprofundaram nesta técnica até que alcançaram o que se conhece como cinema mudo. Por muitos anos a evolução foi a forma de montar as cenas: antes com câmeras fotográficas e depois com filmadoras. O cinema já tinha o potencial de reunir muitas pessoas e de mantê-las mais tempo assistindo a um filme do que a uma missa. Esse poder foi um grande estimulador para que se desenvolvessem técnicas de trazer mais fiéis ao cinema.

Neste contexto, a corrida para inserir áudio nos filmes começou. Até que, em 1928, a Warner Brothers lança o primeiro filme com áudio totalmente sincronizado. Foi uma grande revolução. As salas de cinema passaram a lotar e os grandes empresários perceberam o poder ideológico que os filmes tinham sobre as pessoas e a lucratividade que esta característica poderia gerar.

Deu-se início à indústria cinematográfica. O número de filmes criados por ano aumentou consideravelmente. O cinema passou a gerar empregos para muitos e a ser fonte de renda para poucos. Desde então, essa é a maior característica desta arte. Com o passar dos anos, as técnicas para alcançar este objetivo se multiplicaram. Os cineastas “mergulharam” no mundo dos efeitos especiais e, cada vez mais, trazem o espectador para dentro da “telona”.

Por toda a sua história, o cinema teve a tecnologia como grande aliada, mas, vê-se que há motivos para discórdia nesta relação. O domínio do homem sobre o computador está promovendo a sua “alforria”. Hoje, é possível assistir a um filme em cartaz sem ir ao cinema. A internet tornou-se uma rápida e barata opção para se interar do que acontece na “telona”. Ao invés de sair de casa, gastar dinheiro para comprar ingressos para poder assistir a um filme, pode-se ligar o computador, procurar um filme na rede e assisti-lo.

Com essa facilidade, a indústria cinematográfica gerou “filhos”. Só que o resultado foi uma “ovelha negra”. Da união da tecnologia ao cinema, nasceu a pirataria, que age literalmente como um filho: dá trabalho, preocupa e custa caro. A facilidade e o baixo custo dos DVD’s vendidos nas ruas por ambulantes promoveu uma evacuação de espectadores das salas de cinema.

Devido a sua importância e ao retorno financeiro, o custo de uma produção cinematográfica só cresceu. Logo, pode-se dizer que, atualmente, é o momento histórico que mais se gasta para desenvolver um filme. Tendo isto em vista, o dinheiro captado pela bilheteria é de grande importância para o orçamento dos cineastas. Com isso, fica difícil “abrir a guarda” para a pirataria.

É preciso criar uma solução para evitar que os espectadores continuem dando preferência ao computador. Neste contexto, mais uma vez, o cinema se alia à tecnologia para “dar a volta por cima”. A inovação do momento são os filmes em 3D. A novidade de assistir longas em três dimensões trouxe um ingrediente que não se pode ter em casa, promovendo o desejado aumento de público.

Será que essa medida é suficiente para impedir a pirataria? Esta pergunta só o tempo poderá responder, mas um novo avanço da tecnologia traz outra problemática para o cinema. Há poucos meses entrou em comercialização os televisores em 3D. E agora? Qual será a nova arma para atrair o público para as salas de cinema?

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