Após as tragédias ocorridas na Região Serrana e no Japão - presenciadas pelo mundo - usinas dos quatro cantos do planeta estão reavaliando seus protocolos e sendo mais criteriosos com seus mecanismos de segurança. O terremoto seguido de um tsunami que desestabilizou Fukushima, no Japão – que provocou milhares de mortes e centenas de desaparecidos – tem fortes chances de acontecer também aqui no Brasil. Com a finalidade de evitar que novas catástrofes ocasionadas por fenômenos naturais ocorram, a Eletronuclear, empresa que responsável por Angra 1 e 2 e por obras de Angra 3, está criando comissões e contratando consultoria externa para analisar as encostas situadas nas proximidades das usinas.
O gerente de engenharia civil, Diógenes Salgado Alves, disse que estão sendo realizadas monitorias de forma regular e criteriosa. “Estamos sempre monitorando e reavaliando cada trecho de encosta. Às vezes, identificamos a necessidade de fazer uma nova obra ou refazer alguma antiga. Mas os últimos acontecimentos mostraram que o inimaginável pode acontecer”, disse Diógenes.
Segundo o presidente da Associação Brasileira de Energia Nuclear ( Aben ) e especialista em segurança , Édson Kuramoto, o controle e a fiscalização realizada em Angra é de grande cuidado e competência, sem contar que as usinas foram construídas de modo que suportem terremotos com até 7 graus na escala Richter e ondas com até 6 metros de altura. Édson explica que a questão da segurança é parecida com a acontece na aviação, à diferença é que a operação de uma usina sofre fiscalização com maior rigidez de órgãos internacionais, como a Associação Mundial de Operadores de Usinas Nucleares e a Agência Internacional de Energia Atômica.
Apesar de todas as precauções e os trabalhos realizados de forma extremamente cuidadosa, as execuções tem o objetivo de prevenir que novos transtornos ocorram. Infelizmente, por mais trabalho e cautela que se tenha, é necessário estar sempre atento, já que nunca se sabe como a natureza vai reagir.
0 comentários:
Postar um comentário