Brasil escolhe representantes do país no boliche

Por Vitor Rangel

Os representantes do boliche brasileiro nos Jogos Pan-Americanos já foram escolhidos. A competição acontecerá em Guadalajara, no México, e será iniciado em 14 de outubro deste ano. No masculino Márcio Vieira e Marcelo Suartz ficaram com as vagas. Entre as mulheres, quem garantiu presença na competição foram Marizete Scheer e Stephanie Martins.

Os escolhidos, são os caçulas da equipe que representam uma nova geração do esporte no Brasil, que tenta levar, pela primeira vez, a medalha de ouro nos jogos. Stephanie Martins, de 19 anos, e Marcelo Suartz, de 23, precisam superar os escassos patrocínios, além da dificuldade para treinar e conciliar as competições com os estudos. Os competidores estudam em uma faculdade na Flórida, Estados Unidos, e recebem US$ 5 mil mensais de bolsa. Mas os gastos ultrapassam a ajuda que recebem. Além de viagens, hospedagem, gasto com material, aluguel de pista para treino e taxa de inscrição nas competições, os atletas precisam sempre pagar pelo excesso de bagagem. “O limite de 23 quilos previsto pelas companhias brasileiras só dá pra três bolas e um par de sapatos”, afirma Stephanie.

O talento de Marcelo está no sangue. O atleta é filho de Marina Suartz, que já representou o boliche brasileiro em várias ocasiões. Mesmo acompanhando a dificuldade que a mãe tinha para participar das competições, Marcelo tomou gosto pelo esporte. Mas ele diz que só é possível viver do boliche atuando na liga americana ou na européia. “Lá, a média paga fica entre US$ 120 mil e US$ 130 mil por ano”, conta o estudante.

Mesmo com as dificuldades financeiras para levar adiante o sonho de se tornarem os primeiros campeões pan-americanos do país, eles seguem enfrentando uma rotina pesada de treinos e musculação. E o principal obstáculo já foi vencido, garantirem suas vagas na competição.

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