sábado, 2 de abril de 2011

Trânsito brasileiro é 13 vezes mais perigoso do que em países desenvolvidos

Por Anderson Gaieski

Os estados mais pobres do Brasil são os mais atingidos pela violência no trânsito. O Piauí, por exemplo, oferece quatro vezes mais perigo de morte no trânsito do que o estado mais seguro, São Paulo, que registra 37,6 mortes por bilhão de quilômetro rodado. A combinação de pouco investimento do poder público em segurança e os altos números de motociclistas que circulam nestas regiões, elevam os indicies de violência ao volante.
Para o professor Coca Ferraz, coordenador do Nest, Núcleo de Estudos de Segurança do Trânsito (Nest) da USP de São Carlos, em São Paulo, as necessidades básicas são prioritárias e não oferecem oportunidade para o desenvolvimento social. “O estado mais desenvolvido investe mais em segurança no trânsito, melhorando as condições das vias, por exemplo. Já nos estados mais pobres a prioridade é investir em coisas mais pertinentes para a população”, avalia o professor.
A pesquisa do Nest apontou mais um índice alarmante. O brasileiro tem 57,72 de chance de morrer no trânsito por quilômetros rodados e os suecos apenas 4,4; O melhor resultado entre os países investigados. Em países como Alemanha, Japão, França e Estados Unidos, este índice é 13 vezes menor do que no Brasil.
Os números não param por aí. Nos últimos 5 carnavais, 4.464 foliões acabaram não voltando para casa vítimas de acidentes. A maior festa do país carrega recorde não tão feliz. Neste ano, o número de mortes praticamente dobrou; 48% a mais que em 2009.
Desde 2006 o Seguro de Danos Pessoais causados por Veículos Automotores (DPVAT) já indenizou mais de R$ 60 milhões de reais para as famílias dos que deixaram a vida nas estradas brasileiras, isto que muitos familiares das vítimas desconhecem que tem direito ao e não recebem a devia indenização.

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